Acidentes ofidicos
Cristiane Alves Cintra1, Daniel Paulino Júnior2, Luis Gustavo Gosuen Gonçalves
Dias3, Lucas de Freitas Pereira4, Fernanda Gosuen Gonçalves Dias5
1
2
Discente do Programa de Aprimoramento em Clínica Médica de Pequenos
Animais, Universidade de Franca – UNIFRAN, Franca, SP, Brasil
Prof. Dr. do Programa de Mestrado em Medicina Veterinária de Pequenos Animais,
Universidade de Franca – UNIFRAN, Franca-SP, Brasil
3
Prof. Dr. do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, FCAV - UNESP,
Jaboticabal-SP, Brasil
4
Doutorando do Programa de Ciências, Universidade de Franca – UNIFRAN,
Franca-SP, Brasil
5
Doutoranda do Programa de Ciências, Universidade de Franca – UNIFRAN,
Franca-SP, Brasil e-mail do autor: fernandagosuen@yahoo.com.br
Recebido em: 12/04/2014 – Aprovado em: 27/05/2014 – Publicado em: 01/07/2014
RESUMO
No território brasileiro são descritas 69 espécies diferentes de serpentes peçonhentas e o número de acidentes ofídicos, tendo como vítimas os animais domésticos de pequeno e grande porte, é frequente. O número de casos não é registrado com precisão, pois a notificação não é obrigatória. A maioria das picadas é causada por cobras do gênero Bothrops (jararaca) e Crotalus (cascavel), as quais podem causar danos locais e sistêmicos severos e irreversíveis. Os venenos ofídicos possuem inúmeras substâncias com diferentes efeitos, como por exemplo, anticoagulantes, neurotóxicos, miotóxicos, vasculotóxicos e proteolíticos. Os sinais clínicos comumente encontrados em pacientes acometidos são dor, edema e necrose no local da picada, sangramento nasal, hematúria, paralisia facial, dispneia, entre outros. O diagnóstico deve ser baseado no histórico e sintomatologia do animal, associado aos exames complementares, visto que não há testes definitivos.
Os acidentes ofídicos devem ser diferenciados de outras neuropatias causadas por toxinas. O tratamento deve ser instituído o mais rápido possível com soro antiofídico
intravenoso