Acidentes de transito no Brasil
Os acidentes de trânsito no Brasil representam hoje um grave problema de saúde pública, devido aos altos índices de pessoas feridas e mortas anualmente. Estatísticas oficiais mostram que mais de 40 mil pessoas por ano, em todo o Brasil morrem por envolvimento em acidentes de trânsito. Acrescido ao número de mortes, os acidentes deixam mais de 360 mil pessoas feridas gravemente.
Nos países desenvolvidos, os problemas dos acidentes começaram a ser percebidos pela sociedade e se tornaram graves nas primeiras décadas do século XX. Nos Estados Unidos da América, o número dos automóveis cresceu muito. Nos países europeus e também no Japão o problema dos acidentes de trânsito se destacou após a grande guerra.
No Brasil, os acidentes começaram se apresentar como um problema para a sociedade, desde os anos 70, em decorrência do processo de dependência do transporte motorizado em especial dos automóveis e motocicletas para a mobilidade humana e de mercadorias (VASCONCELLOS, 2005, p.81).
Graça a evolução da economia e do poder aquisitivo da população a partir dos anos 90, aliada as facilidades de crédito, possibilitou a aquisição de um modo de transporte motorizado por uma significativa parcela da população. A aquisição de um veículo para o transporte individual, que num primeiro momento mostrou-se como facilitador da mobilidade para as diversas atividades humanas causou impacto direto na frota nacional e na malha viária, e, por consequência, o aumento das ocorrências de acidentes de trânsito, principalmente por veículos motorizados de duas rodas nas regiões norte e nordeste.
Os órgãos pertencentes ao Sistema Brasileiro de Trânsito, bem como os de Saúde e Meio Ambiente, começam a configurar a problemática dos acidentes de trânsito atingindo proporções de epidemia nacional. A Organização Mundial da Saúde - OMS estima que em 2020 a terceira causa de mortes no mundo será o acidente de trânsito (VASCONCELLOS, 2005, p.81), no Brasil essa estatística já