Acidente p36
O acidente da plataforma P36, na costa do Rio de Janeiro, em março, mereceu o maior destaque, devido à grande repercussão nacional e internacional em consequência do grande volume de petróleo derramado, das multas impostas e, principalmente, da morte de onze operários. A Petrobras reconheceu sua responsabilidade, divulgando a quantidade e extensão dos vazamentos e as multas aplicadas pelos órgãos de fiscalização, em um valor total superior a sete milhões de reais. Nesse caso, a Petrobras fez uma ampla evidenciação dos gastos ocorridos no período, utilizando as NE, o RA e as IAN;
Quando ainda discutia-se sobre os danos causados pelo acidente da Baía de Guanabara, ocorreu o afundamento da P-36, em 2001. Esse foi o pior acidente em bases de produção de petróleo no Brasil, desde a explosão da plataforma de Enchova, em 1984, quando 37 pessoas morreram. A P-36 foi, inicialmente, projetada como uma unidade de perfuração, mas foi modificada para se transformar em uma unidade de produção e, desde maio de 2000, estava operando no campo Roncador, da Bacia de Campos, a cerca de 150 km da costa, em uma lâmina d’água de 1.340 m, produzindo, na época do acidente, 84.000 barris de petróleo/dia e 1,3 milhões de m3
/dia de gás natural, sendo considerada a maior plataforma semi submersível de produção do mundo (Malheiros, 2002). O relatório divulgado pela Comissão de Sindicância do acidente da P-36 concluiu que o desencadeamento das explosões começou durante o processo de drenagem e levou ao rompimento de um dos tanques laterais. Dezessete minutos depois do rompimento do tanque, o gás disperso entrou em combustão e causou outra grande explosão, que levou à morte de onze componentes da brigada. No momento do acidente, 175 pessoas trabalhavam na