Carreira e desempenho
A Petrobrás sabia da ocorrência de problemas operacionais na plataforma P36, nada fez. Tal plataforma nasceu no estaleiro italiano Fincatieri para ser uma plataforma de perfuração de poços de petróleo no limite de 500 metros de profundidade. Foi transformada em plataforma de produção com o triplo da capacidade. Os trabalhadores alertaram sobre o aumento da pressão no sistema de ventilação interna. Quando o sistema está com problema, os gases não são expelidos totalmente, o que provoca superaquecimento dos dutos. O alerta foi repetido por 3 dias seguidos. Na madrugado do 4° dia ocorreram 3explosões. A plataforma afundou 6 dias depois, tragando os corpos de 11 mortos. Os engenheiros ficaram perplexos com a inclinação da plataforma de cerca de 30° em relação ao nível do mar, a partir da explosão. Durante a tentativa de reequlibrar a P36 com aplicações de nitrogênio, observou-se que as placas metálicas não suportaram a pressão do gás injetado nos tanques de flutuação. A maior plataforma de petróleo do mundo, desapareceu em minutos no oceano, carregando 9 homens e meio bilhão de dólares, como se o gigante não passasse de um brinquedo.
Em 2001, a Plataforma-36 da Petrobras, na bacia de Campos. Além de 11 vítimas fatais, o acidente também provocou vazamento de óleo no mar. Evidentemente, o fato repercutiu em toda a impressa, mexendo consideravelmente com a imagem da empresa. Até mesmo os veículos de comunicação de outros países deram manchete para o fato, como registrou o jornal Estado de S. Paulo, em 16 março de 2001, na matéria "Acidente da Petrobras repercute no exterior".
O diário britânico Financial Times disse hoje que a Petrobrás sofreu ontem outro sério revés no seu histórico de segurança e de relação com o meio ambiente quando duas explosões numa plataforma offshore causaram a morte de uma pessoa e o desaparecimento de dez trabalhadores. "O acidente ocorreu num momento que a Petrobrás está tentando melhorar a sua combalida imagem relacionada