Acidente nuclear em goiânia
O acidente teve como causa a negligência das autoridades, que não tiveram o necessário cuidado ao desativar um aparelho de radioterapia, e a ignorância do proprietário do Ferro Velho Auto Mecânico.
"Não há progresso sem energia e é preciso preparar o futuro com grande antecedência".
Pois bem, era o que preconizava um dos itens do programa energético brasileiro na década dos anos 80. No entanto, o descuido brasileiro, trás a tona um acidente radiativo de grande gravidade e tão vergonhoso, entrando para a historia nuclear em todo o mundo. Contaminando várias pessoas e o meio ambiente.
No mês de setembro de 1987, a violação de uma Bomba de césio-137 (anteriormente utilizada no tratamento do câncer) por sucateiros – ela estava abandonada nos escombros do antigo Instituto de Goiano de Radioterapia (IGR) da cidade de Goiânia – mata quatro pessoas e contamina 249.
Três outras pessoas morreriam mais tarde de doenças degenerativas relacionadas à radiação.
A cápsula era constituída por um cilindro de aço inoxidável com um revestimento duplo de chumbo. O material radioativo estava no interior deste cilindro.
Fabricada para fins terapêuticos, a cápsula tinha uma janela, pela qual passava a radiação gama utilizada no tratamento do câncer. Esta janela permitia também que se pudesse observar alguma luminescência no interior da cápsula, fazendo com que a cápsula brilhasse no escuro.
Foi a curiosidade motivada por este brilho fosforescente que levou à abertura da cápsula, liberando assim o 137Cs em pó.
A cápsula foi arrombada no quintal da casa de um dos sucateiros e estava colocada sobre um tapete, à sombra de uma mangueira.
O pó de 137Cs foi colocado dentro de um vidro e levado para dentro de casa, onde foi guardado em um armário. Entretanto, uma parte do pó não recolhida, ficou alí no chão.
As chuvas que caíam no local, na época do acidente, ajudaram o solo na absorção do pó radioativo, ocasionando sua contaminação, de modo que a