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Na tipografia, os caracteres móveis — inicialmente em madeira e mais recentemente em chumbo — estão dispostos numa caixa dividida internamente, formando caixas menores (os “caixotins”). Para facilitar o acesso do compositor aos caracteres, a caixa é colocada sobre um cavalete inclinado. A parte contendo os caracteres mais usados (as minúsculas, a pontuação mais comum, os espaços, os algarismos) ficava num plano mais baixo, mais acessível — era a caixa baixa. A parte com as maiúsculas, os caracteres acentuados e sinais e símbolos menos usados ficava no topo — era a caixa alta.
Assim, com o tempo usar a caixa alta passou a significar “escrever em maiúsculas”, enquanto usar a caixa baixa significa “escrever em minúsculas”.
É comum o uso das abreviaturas C.A. (caixa alta) e c.b. (caixa baixa).
Quando algo está escrito com maiúsculas iniciais (p.e., “Wikipédia, a Enciclopédia Livre”), diz-se que está em caixa alta e baixa (simbolicamente: c
No latim clássico não existia a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Todos os textos eram escritos com letras semelhantes àquelas que hoje conhecemos como as maiúsculas. Aquilo a que hoje chamamos as letras minúsculas, ou em caixa baixa, nada mais é do que a imitação das letras das inscrições em pedra pelos escrivães que as tinham de desenhar em suportes mais parecidos com o papel (sobretudo o papiro). A diferença entre a letra imitada e a minúscula criada deve-se às características dos diferentes instrumentos de escrita usados, martelo e escopro no primeiro caso, cálamo ou pena no segundo. No essencial, a criação da maior parte das letras