academia
Celso Cunha por Celso Cunha:
O que uma fábrica de biquínis tem a ver com o fluxo de caixa de uma academia?
À primeira vista nada. Poucas pessoas percebem a relação entre a variação climática e a frequência nas academias.
Em visita a um fabricante de biquínis, ouvindo reclamações comparativas de vendas 30% inferiores em comparação ao mesmo período de 2011, tracei um paralelo e fiz um comparativo com o nosso segmento. Algo parecido ocorreu conosco. Faz tempo que não chovia tanto. E vamos combinar: vender biquínis na chuva é tarefa para super herói.
O sol é o nosso gerente de vendas e a chuva segura as pessoas em casa.
Conheço um empresário do fitness que ao concordar com minha afirmação acrescentou:
“Estou pra sair, se chove, espero mais um pouco. Se continuar, peço uma pizza ou faço uma pipoca e ligo a tv.”
E é assim mesmo que acontece. Os substitutos TV e internet afastam nossos clientes. Claro que a natureza precisa de chuva para nos prover as necessidades; mas, todo dia quebra a firma. Quem ganha dinheiro embaixo d’água é camelô de guarda chuva.
Historicamente os meses de setembro, outubro e novembro são de crescimento na frequência e fluxo de caixa das academias; dezembro até a primeira quinzena nos favorece, depois perdemos para os shoppings, festas, comemorações, amigos ocultos e etc… Só que em 2011 a sequência de dias chuvosos castigou nossas expectativas. Tudo o que esperávamos de positivo para saldar as dividas, parcelamentos de aquisições durante o ano e o 13º de quem não provisionou foi frustrado; e a situação de quem atende as classes C e D é ainda mais delicada, pois, os primeiros dias de janeiro também foram chuvosos. Quem se posiciona nessas classes tem que decidir entre gastar aqui ou ali. E as contas do início do mês rivalizam com as mensalidades. Não que as classes B e A não tenham que decidir, mas, quanto menor for o orçamento, menores são as possibilidades do indivíduo.
Para diminuirmos o