Academia
Olá! Sei que todos vocês passaram pelos bancos escolares aprendendo a língua portuguesa por meio, principalmente, da gramática. Mas, apesar de todo esse tempo estudando as regras da língua portuguesa ainda se mostram inseguros na escrita. Por que isso acontece? Uma das respostas estaria exatamente na ineficácia desse ensino pautado apenas na demonstração de regras, normas, usando exercícios ideais e desvinculados da leitura e da escrita. Espero, então, que aproveitem as dicas e reflexões acerca dessa língua “inculta e bela”. Christianne Gally.
Adequação da linguagem
Leia os textos a seguir:
Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade, subiu para o palanque e começou o discurso:
– Compatriotas, companheiros, amigos! Encontramo-nos aqui convocados, reunidos ou juntos, para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou assunto, o qual me parece transcendente, importante ou de vida ou morte. O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou junta é a minha postulação, aspiração ou candidatura a presidente da Câmara deste município.
De repente, uma pessoa do público pergunta:
–Ouça lá, por que é que o senhor utiliza sempre três palavras para dizer a mesma coisa?
O candidato respondeu:
– Pois veja, meu senhor: a primeira palavra é para pessoas de nível cultural muito alto, como intelectuais em geral; a segunda é para pessoas com nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que estão aqui; e a terceira, é para as pessoas que têm o nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele bêbado, ali deitado na esquina.
De imediato, o bêbado levanta-se, cambaleante, e dispara:
– Senhor postulante, aspirante ou candidato: (hic): o fato, circunstância ou razão pela qual me encontro no estado etílico, alcoolizado ou mamado (hic), não implica, significa ou quer dizer que o meu nível cultural seja ínfimo, baixo ou mesmo rasteiro. (hic). E com toda reverência, estima ou respeito que o