abstrato

Análise não é investigação policial
- Análise de um texto: não se preocupa com o seu enunciador real, mas com o enunciador inscrito no texto;
- Os temas e figuras de um texto revelam a visão de mundo de seu enunciador;
- Não importa a “verdadeira” visão de mundo, mas aquela construída como tal no e pelo texto
- Intenção vs. Intencionalidade
O discurso é reflexo da realidade?
- A linguagem cria a imagem do mundo (via categorização)
- A linguagem é produto social e histórico;
- Estereótipos: condensações de práticas sociais;
- Discurso: prática social cristalizada e modelador de uma visão de mundo.
A linguagem faz parte da superestrutura?
- Segundo Karl Marx, a superestrutura é um dos níveis da estrutura social, sendo o outro nível a infraestrutura (ou base econômica). A superestrutura compreende a estrutura jurídica (o Direito e o Estado) e a ideologia (moral, política, religião, artes, etc.).
- Porém, classes usam a linguagem para transmitir suas representações ideológicas;
- Na medida em que formações discursivas constituem a materialização das formações ideológicas são fenômenos da superestrutura.
- “Quando um enunciador comunica alguma coisa, tem em vista agir no mundo. Ao exercer seu fazer informativo, produz um sentido com a finalidade de influir sobre os outros. Deseja que o enunciatário creia no que ele diz, faça alguma coisa no sentido de fazer-fazer. Entretanto, mesmo que não pretenda que o destinatário aja, ao fazê-lo saber de alguma coisa, realiza uma ação, pois torna o outro detentor de um certo saber” (p. 74).
Comunicar é agir
- Sentido mais amplo de comunicar: “quando um enunciador reproduz em seu discurso elementos da formação discursiva dominante, de certa forma, contribui para reforçar as estruturas de dominação” (p. 74)
- Linguagem: instrumento de libertação ou de opressão; mudança ou conservação.
a) As formações discursivas, constituídas por um conjunto de temas e figuras, materializam as formações ideológicas;
b) Essas