Absolutismo
Absolutismo
A sociedade do século XVII registou uma transformação económica, política e social. A maior parte das terras tornaram-se apanágio dos financeiros, dos negociantes (ou os seus descendentes).
A burguesia com o apoio da Coroa e impulsionada pela riqueza obtida pelo comércio, nomeadamente o colonial, tornou-se nesta fase o grupo social que comprara mais feudos à nobreza, mostrando desta forma, a sua ascensão social revelando cada vez maior importância. Contudo, não gozava dos mesmos privilégios que eram característicos da nobreza. Não pagavam impostos mas tinham acesso vedado aos altos cargos do clero, da administração pública, do exército e da marinha bem como, outros privilégios tão característicos desta classe.
Por outro lado, a nobreza vira reduzida a sua estimada dignidade (fruto da ascensão deste novo grupo social), vive agora na corte, afasta-se dos feudos e dos rendimentos que deles retirava através da cobrança de impostos, para se tornar numa nobreza administrativa ou com outras funções que o Rei lhe atribuísse.
A nova ordem social era agora composta pelas seguintes classes sociais:
• Clero
• Nobreza
• 3ºEstado: constituído pela burguesia, camponeses e operários.
Observava-se nesta altura uma maior mobilidade social, embora existisse uma clara divisão entre classes: a classe empresária e os assalariados. E se a classe empresária vivia com todos os recursos para uma vida plena, os assalariados (especialmente os camponeses) viviam com cada vez maiores dificuldades.
No topo da hierarquia social encontrava-se o Rei que chamara a si todos os poderes públicos. “L’état c’est moi” foi a frase preferida por Luís XIV sendo totalmente ilustrativa do poder absoluto que o Rei era detentor. Este poder absoluto provinha da ideia que directamente de Deus lhe tinha sido conferido o poder absoluto de toda a Nação. Esta ideia provém da teoria do “Direito Natural”, que nesta fase se usa para