Absolutismo
O absolutismo se insere no quadro do Antigo Regime, que por sua vez se compõe de três outros elementos: o capitalismo comercial e a política mercantilista, a sociedade de ordens e o sistema colonial. Dessa forma, o absolutismo deve ser entendido como a manifestação do poder político dentro do Antigo Regime.
Este poder se caracterizava pela autoridade total concentrada na pessoa do soberano. Existia de fato e de direito divino. Sustentava-se sobre o conflito das ordens sociais: nobreza, clero e Terceiro Estado, no qual se inseria a burguesia.
As leis fundamentais da nação, costumeiras e religiosas, eram os únicos limites ao poder do rei.
Essa forma de poder apresentava dois momentos bem demarcados. Num primeiro momento, era rotulada simplesmente de absolutismo. Em seguida, recebeu a denominação de Despotismo Esclarecido, que significava, em última instância, uma reformulação aparente do antigo absolutismo, já no século XVIII.
Os progressos do absolutismo na Europa se deram ao mesmo tempo da formação das Monarquias Nacionais, no início dos Tempos Modernos. Podemos dizer que o progresso do absolutismo é conseqüência da evolução das monarquias nacionais.
Foi durante o século XVI que o absolutismo ficou caracterizado em alguns países da Europa, como, por exemplo, a Espanha e a Inglaterra. Na França, este processo foi retardado pelas questões internacionais, primeiro, e pelas guerras religiosas, depois.
Não obstante, foi na França que o absolutismo atingiu a sua máxima expressão, na figura de Luís XIV, o protótipo do rei absoluto, durante o século XVII.
No século XVffl, o absolutismo foi substituído, em termos de rotulação, pelo Despotismo Esclarecido. Os movimentos revolucionários liberais, iniciados em 1789 com a Revolução Francesa, poriam fim ao Antigo Regime, em certos países da Europa, no transcurso do século XIX.
O progresso do absolutismo
O poder real cresceu ao mesmo tempo em que progrediu o Estado Nacional,