Absolutismo
“O chamado absolutismo, etimologicamente falando, é a governação à solta, isto é sem limites internos, sem contrapoderes, travões ou forças de bloqueio. A forma de governo na qual um chefe de Estado goza de um poder sem controle e sem limites.”
A citação acima, retirada do site Tópicos políticos, que pretende discutir temas concernentes à política, reflete muito bem o espírito do absolutismo implantado na Europa na Idade Moderna. Através do absolutismo, o rei concentrava em suas próprias mãos todos os poderes. Não havia lei a qual o rei pudesse estar submetido: ele era a própria lei. Ele que ditava as ordens, os caminhos e praticamente tudo o que ocorria na esfera política, religiosa, legal da sociedade deveria ser submetido ao seu crivo. O rei estava acima de todas as camadas sociais e o povo devia a ele obediência.
A principal característica do absolutismo foi a concentração de todo poder e autoridade nas mãos do rei e a completa identificação do rei com o Estado. O poder absoluto surgiu devido à aliança feita entre os reis (que no período medieval não tinham nenhuma força) e a burguesia (a quem interessava a centralização econômica para melhor desenvolvimento das atividades comerciais).
No plano social, o absolutismo caracterizou-se pela persistência da sociedade estamental, isto é, aquela que tinha como fundamento principal diferenciação social e o privilégio de alguns em detrimento de outros, a partir principalmente do nascimento. O primeiro estado era constituído pelo clero, o segundo estado pela nobreza e o terceiro estado pela burguesia e pelo povo (servos e camponeses), sendo que o rei estava acima de todos os estados. O primeiro e segundo estados constituíam-se, portanto, como os estamentos que abrigavam aqueles que detinham os privilégios econômicos e políticos. Neles, estavam os portadores dos títulos de nobreza e os proprietários de terra. Os dois primeiros estamentos sociais não pagavam