Aborto...texto jornalístico
O aborto ou interrupção da gravidez é a expulsão e remoção prematura de um embrião ou feto do útero. Pode acontecer de maneira artificial ou espontânea, provocando o fim da gestação, e consequentemente, a morte do feto.
O aborto espontâneo também é chamado de aborto involuntário ou "parto falso". A estimativa é de que cerca de 1/4 das gestações terminam em aborto espontâneo, sendo que 75% dos partos falsos ocorrem nos três primeiros meses de gravidez. Distúrbios de origem genética são responsáveis por quase 100% dos abortos espontâneos que acontecem no primeiro trimestre.
Em aproximadamente 70% dos casos, os embriões são portadores de anomalias cromossômicas, onde o ovo primeiro morre e em seguida é expulso. Nos abortos do segundo trimestre, o ovo é expulso devido a causas externas a ele: incontinência do colo uterino, mal formação uterina, insuficiência de desenvolvimento uterino, fibroma ou infecções do embrião.
Já no aborto artifical acontece a interrupção deliberada da gravidez pela extração do feto da cavidade uterina. Em função do período gestacional em que é realizado, pode ser feito de quatro intervenções cirúrgicas seguintes: sucção ou aspiração, dilatação e curetagem, dilatação e expulsão ou injeção de soluções salinas.
Cerca de 40 milhões de abortos artificiais são realizados a cada ano em todo o mundo. Vale ressaltar que a maioria é feita em condições precárias, com sérios riscos para a saúde da mulher. O método clássico de aborto é o por curetagem uterina e o método moderno por aspiração uterina.
A partir da década de 70, começaram os debates sobre a legalização do aborto e, mais recentemente, vários projetos de lei foram apresentados no Congresso Nacional para legalização da ‘interrupção da gravidez’.
O assunto voltou a ser amplamente discutido quando a Organização das Nações Unidas (ONU) abriu, em 5 de setembro de 1994, a Conferência Mundial sobre População e Desenvolvimento, na cidade do Cairo, no Egito. O aborto foi tratado