Aborto pelo mundo
O tema do aborto é tratado de distintas formas ao redor do mundo. Há países que o proíbem completamente, como é o caso de algumas nações no mundo islâmico e na América Latina e outros que abriram certos precedentes, como em casos de anencefalia do fato – ou incapacidade para ele se desenvolver e sobreviver, razões socioeconômicas. E, há países em que não há qualquer restrição, como é o caso de Canadá e Cuba.
Cada país apresenta diferenças legislativas, de acordo com a tradição jurídica e comportamental. No caso de Estados Unidos, México e Austrália, por exemplo, a legislação nacional dá ampla liberdade para o aborto, mas os estados da federação podem limitá-lo ou até mesmo proibi-lo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, anualmente, 75 milhões de gestações são indesejadas, o que indica que 35 a 50 milhões de abortos são induzidos; destes 20 milhões são abortos inseguros. Esses abortamentos causam graves complicações reprodutivas a milhares de mulheres, visto que são feitos em condições precárias sem o mínimo de suporte técnico de qualidade. Deste modo, 70 a 80 mil mulheres morrem por complicações devido ao aborto inseguro, sendo que 95% destes ocorrem em países em desenvolvimento (World Health Organization. Unsafe Abortion, 1998). Isto é, 13% das mortes maternas se devem ao aborto inseguro. O número aumenta na América Latina, onde o abortamento inseguro é o determinante de 21% das mortes maternas (World Health Organization. Unsafe Abortion, 1998).
Aborto e aceitação:
Uma pesquisa realizada em 40 países de todos os continentes mostrou que 56% dos cerca de 40 mil entrevistados considera o aborto uma prática inaceitável. Com o título de Visões Globais sobre Moralidade, o levantamento feito pelo instituto norte-americano Pew Research Center perguntou ainda a respeito da aceitação do homossexualismo, das relações sexuais fora do casamento, do divórcio e do uso de contraceptivos.
No que diz respeito ao aborto, a “visão global”