Abordagem humanista
“O que mais fortemente começou a me impressionar na Escola da Ponte foi a doce e fraternal serenidade dos olhares, dos gestos e das palavras de todos, crianças e adultos. Ali, ninguém tem necessidade de engrossar ou elevar a voz e de pôr em bicos de pés para se fazer ouvir ou reconhecer pelos demais – porque todos sabem que sua voz conta e é para ser ouvida”. RUBEM ALVES (2004: 12)
A Escola da Ponte é uma escola sem turmas, que não segue o sistema padrão de seriação/ciclos adotado pelas instituições de ensino em Portugal. A escola não tem paredes internas para separar os alunos de acordo com a idade ou série. As crianças e os adolescentes compartilham o mesmo espaço físico, um grande galpão, muito bem estruturado para pesquisa e de fácil acesso aos alunos. Esses, por sua vez, se agrupam de acordo com a área de interesse a ser pesquisada, independente da faixa etária. São chamados a praticar a democracia dentro da própria escola, como cidadãos autônomos.
Baseando-se na abordagem humanista do livro “Ensino: A Abordagens do Processo” de Maria da Graça Nicoletti Mizukami, São Paulo, EPU, 1986. Esse método da ênfase as relações interpessoais, desenvolvimento da personalidade do individuo (sujeito, pessoa). Orientação na vida psicológica e emocional do aluno. Nesta o professor não ensina, apenas cria condições para que os alunos aprendam. Experiências que o próprio aluno reconstrói. Os professores desenvolvem nesses alunos capacidades e competências que os ajudarão a continuar a construir o de se adaptar a qualquer mudança que ocorra em suas vidas, e leva para casa estas potencialidades de auto-regulação e respeito ao próximo. PACHECO (2005) afirma que: “Para mudar temos de refazer conceitos e desfazer certezas”.