Abondade e o cancer

A bondade e o câncer:
“O itinerário do aprendizado”

“A bondade em palavras cria confiança; a bondade em pensamento cria profundidade; a bondade em dádiva cria a vida e a vida o amor.” (Lao Tse)
A verdadeira Bondade não é amar as pessoas segundo o seu parco ou profundo merecimento, antes é amá-las mais do que elas realmente merecem. Portanto, não é necessário que o rosto da bondade se mostre a si mesmo, antes devemos permitir que a Bondade mesma deixe-se revelar espontaneamente nos seres que a transparecem em seus pensamentos e ações. Assim sendo, não existe verdadeira Bondade sem os auspícios da inteligência, da mesma forma que não existe a verdadeira inteligência sem os ditames da Bondade. A simples bondade, por ser sutil e refinada, pouco convence as pessoas de inclinação mais áspera e dura. Pois é o que se pode constatar cotidianamente, posto que a bondade sempre deve gerar os seus frutos por estar ligada indissociavelmente ao saber. Pois o saber torna a bondade efetiva, eficaz e penetrante em todas as instâncias da psique humana. Enfim, os fatos devem provar a bondade das palavras, bem como ninguém deve ser elogiado pela sua bondade, quando não tem força suficiente para superar a face má de seu próprio ser. O compositor brasileiro, Renato Russo, bem sintetizou tal realidade, ao dizer quando cantava: “Disciplina é liberdade, compaixão é fortaleza e ter Bondade é ter coragem.”
Assim, devemos aprender tanto com os nossos próprios defeitos, bem como com aqueles que nos oferecem as suas más ações. Em ambos os casos, aprendemos como não devemos ser e agir. Assim, aprendemos com os demagogos a arte sublime do silêncio que desvela a verdade. Com os intolerantes aprendemos a calma elegante da tolerância, com os perversos e maus aprendemos a divina graça da Bondade.
Em suma, devemos ser gratos eternamente aos professores dessas artes nefastas, pois aprendemos com eles como não devemos ser e viver, ter e ver a vida. O filósofo Nietzsche em um de seus aforismos