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TOMASELLO, Michael. Um enigma e uma hipótese in Origens Culturais da aquisição do conhecimento humano. São Paulo. Martins Fontes, 2003.
Tudo se origina à cerca de 6 milhões de anos em uma região hoje conhecida como África.
A origem humana, como sabemos, passou por diversas alterações, processos evolutivos e o autor começa nos trazendo à memória nosso ancestral: o Austhralopithecus. Tomasello o compara ao Homo, levando em conta, nessa comparação, as diferenças existentes no tamanho do cérebro. O primeiro tinha um cérebro menor, semelhante ao cérebro de macaco e não utilizava ferramentas no seu dia-a-dia, já o segundo, o autor apresenta como mais desenvolvido, pois vivia de forma diferente, uma vez em que nos damos conta de que já havia o uso de ferramentas (como as pedras, por exemplo), uma forma de organização social dotada de símbolos, religião e a ideia de liderança (governante/ chefe).
Feita a diferenciação e, deixando claras as modificações nas formas de vida, nos deparamos com outra questão apresentada em seu texto: o autor nos remete a pensar sobre o tempo evolutivo. As mudanças orgânicas anteriores ao Homo não foram tão rápidas quanto após ele, ou seja, organicamente houve em algum momento uma aceleração no desenvolvimento evolutivo do homem, mas o que desencadeou essa aceleração? Tomasello irá nos apontar a produção de cultura como combustível desta aceleração na evolução.
A produção de cultura, por sua vez, é notada quanto transmitida. Avanços na forma de vida como descobertas ou invenções ao serem ensinadas caracterizam uma forma de transmissão cultural. Partindo deste conceito, Michael Tomasello comenta que entre qualquer outra espécie esta transmissão também ocorre e nos leva a indagar sobre este tipo de transmissão, uma vez em que este processo ocorre tanto com chimpanzés quanto com homens: o que nos diferencia das demais espécies?
Tomasello vem nos mostrar tal diferença ao