Abiding Sovereignty (Krasner)
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“Abiding Sovereignty” (Krasner) Independentemente de há quanto tempo as ideias de soberania e nãointervenção tem sido aceitas, o controle do Estado nunca pôde ser tomado como certo. Os Estados nunca puderam se isolar completamente do ambiente externo e a globalização e suas normas intrusivas não são algo novo. O ambiente contemporâneo também possui seus aspectos próprios como a) o crescimento dramático do número de organizações nãogovernamentais transnacionais; b) o fato de organizações internacionais serem mais proeminentes e c) o fato de crimes virtuais só existirem porque há um espaço virtual. Todos esses fatores ameaçam o controle do Estado. Porém, mesmo apesar de a perda do controle poder multiplicarse em uma crise de autoridade, uma crise de autoridade não é o suficiente para gerar novas estruturas de autoridade. Novas normas podem emergir através da evolução, mas elas possuem uma chance muito maior de coexistirem com as estruturas tradicionais de soberania, e não suplantálas. A resiliência da soberania é um reflexo direto de sua tolerância com as alternativas. Introdução A anarquia é o elemento definidor do sistema internacional e sistemas anárquicos podem variar quanto à substância específica de suas normas e instituições (e no quanto elas são ou não relevantes). Diferentes autores tiveram diferentes ideias quanto à anarquia: a) a
Escola Inglesa de Bull divide a ideia em sistema de Estados, no qual os Estados estão em interação recorrente, e sociedade de Estados, na qual um grupo de Estados compartilha interesses e valores em comum; b)
Wendt divide as culturas da anarquia em três: hobbesiana, Estados veem uns aos outros como inimigos que não tem direito à existência; lockeana, Estados veem uns