Abertura Lenta e Gradual/ A Volta da Democracia
Temas: Abertura Lenta e Gradual; A Volta da Ditadura
Nome: Monique nº 30
Profª Maida 3º C
E.E. Profº Angelo Martino
Ibitinga, 04 de novembro de 2014
Abertura ‘lenta, gradual e segura’ teve repressão ‘ampla e irrestrita’
Dissertação mostra como agentes da ditadura militar exerciam vigilância sistemática a opositores
A decisão pela “abertura lenta, gradual e segura” no Brasil não impediu que parte da comunidade de informações persistisse na vigilância diária e sistemática de pessoas que faziam oposição ao regime civil-militar. É o que a historiadora Pâmela de Almeida Resende aponta na dissertação de mestrado “Os vigilantes da ordem: a cooperação DEOPS/SP e SNI e a suspeição aos movimentos pela anistia (1975-1983)”, que acaba de defender no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, sob a orientação do professor Fernando Teixeira da Silva.
“Os documentos que pude pesquisar desconstroem a visão de que a repressão, a tortura e a vigilância foram práticas pontuais em períodos de maior violência, como em 1968, num contexto de combate à luta armada. A vigilância pode ter sido diferente em alguns momentos, mas sempre esteve presente”, afirma Pâmela Resende. “A ideia de que durante o período de distensão houve um afrouxamento do trabalho de vigilância não se sustenta ao nos debruçarmos sobre os documentos do período.”
Segundo a autora da dissertação, com o fortalecimento das lutas democráticas, o período de abertura foi marcado pela intensificação das manifestações sociais e pela decretação da Lei de Anistia em 1979. “O Movimento Feminino pela Anistia e o Comitê Brasileiro pela Anistia estão inseridos nesse contexto de reivindicações, atuando de maneira central no processo de descompressão do regime, assim como nas discussões acerca da exigência de uma anistia que fosse ampla, geral e irrestrita”, acrescenta.
Pâmela Resende observa