A revolta da chibata - resumo

511 palavras 3 páginas
A revolta da chibata

A revolta dos marinheiros em 1910 ficou marcada na memória nacional pelo termo “revolta da chibata”. Consistia em uma reinvidicação por melhores condições de trabalho e exigia o fim das punições físicas na Marinha de Guerra. O castigo corporal fazia parte das relações sociais durante o século XIX e até então não havia sido questionado, pois faziam parte dos costumes e valores das forças armadas, sendo legítimos e considerados como educação militar.
Para os oficiais os castigos corporais eram uma forma de correção exemplar, para garantir à dominação, a ordem, a hierarquia, além de controlar a execução dos serviços de bordo. Já no ponto de vista dos marinheiros os castigos significavam uma provação da masculinidade e significava dor corporal.
Características individuais ou diferentes contextos particulares poderiam levar um oficial a aumentar a agressividade e também a impedir a ascensão social de um marinheiro. O comportamento, a cor de pele, ou opção sexual ganhava importância ao ser um subordinado. Havia ainda hierarquia racial: oficiais brancos comandavam negros e mestiços, no entanto a maioria dos marinheiros eram pessoas de “cor”, usavam um racismo científico com termos depreciativos.
Entretanto, depois que os oficiais mudaram regras no inicio da República, cometendo abusos e desrespeitando costumes, os castigos deixaram de ser toleráveis. As chibatas agora carregavam consigo um peso moral, uma humilhação e a frustração de sonhos de uma promoção social.Os marinheiros passaram a desejar uma nova ordem, procuravam por justiça, sem castigos físicos.
A revolta não foi um movimento repentino, foi um processo que envolveu discussões originárias do acúmulo de experiências políticas e culturais dos marinheiros. Foi organizado, com divisão de tarefas, estratégia e reivindicações definidas. A ação foi, pois, autônoma e de caráter político.João Cândido tornou-se o líder do movimento.
Assim, em 22 de novembro de 1910 a recepção ao presidente,

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