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O texto aponta a necessidade das práticas culturais dos mais variados grupos sociais estarem inseridas nos debates e discussões sobre cultura, visto que há uma hierarquização social quando a relevância é tomada apenas para os representantes tradicionais da cultura: teatro, artes plásticas, audiovisual e cinema, literatura, etc. e essa hierarquia social marginaliza os divergentes dela. Portanto cultura nem sempre será o mercado de bens simbólicos massificado ou as instituições de formação e de pesquisa em cultura, são também os participantes das práticas populares e os fazedores das novas tecnologias.
A noção de cultura no século 19 partiu principalmente do esforço brasileiro “(...) para educar e inserir o Brasil no cenário civilizatório mundial (...)” (p. 3, parágrafo 1), esse esforço pode ser visto na inserção do Brasil na Exposição Universal da Philadelphia em 1876, no contexto histórico que agregava novas sensações e experiências trazidas através do processo de industrialização europeu para libertar a humanidade do seu atraso, que despertou uma preocupação do Império – brasileiro - em relação à cultura do Brasil. Esse sentimento levou o país a redigir um minucioso texto que apresentava o Rio de Janeiro e as Exposições nacionais, ocorre o estabelecimento de instituições de ensino e pesquisa, IHGB e museus para pesquisar a “fauna e a flora, a riqueza da terra, o clima e as águas, bem como os propósitos da agricultura e indústria nacionais nas exposições ‘industriaes’, sempre aliadas ao papel pedagógico dessas ações” (p. 4,