migração
Karl Marx ao examinar os efeitos das mudanças econômicas e políticas na França, Irlanda e Escócia realçou a cumplicidade dos governos e dos militares na coerção de camponeses e pequenos proprietários para migração, através de movimentos de cercamentos (enclousures) autorização de partida de assistência estatal aos movimentos de emigração.
Max Weber estava impressionado com os efeitos desintegradores e notava importância da religião, particularmente pelo que chamou de ‘ética protestante’, a qual reconhecia como condição necessária para a acumulação de capital e para impor um código de disciplina sobre a força de trabalho. Weber dizia que a migração era um fator incidental e criava novas classes e grupos de status étnicos. A migração era analisada como consequência do desenvolvimento do capitalismo, através da industrialização urbanização e mobilidade urbana.
No inicio do século XX, os sociólogos americanos foram levados a colocar a migração como um problema, dada a crescente mobilidade populacional da Europa para os países do ‘Novo Mundo, particularmente os Estados Unidos. O foco das análises da Escola de Chicago estava nos processos de adaptação aculturação e assimilação dos grupos imigrantes dentro da sociedade americana. Estes teóricos acreditavam que ocorreria uma completa assimilação estrutural e cultural do imigrante. O termo melting pot passaria a designar esse processo de ‘americanização’ dos imigrantes, não implicando no total abandono de seus valores, mas sim que estes se tornariam grupos cada vez mais amplos e inclusivos.