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O LUGAR DA PSICOLOGIA NO ENSINO MÉDIO

A partir da LDB (Lei nº 9.394/96), encontramos, nos fundamentos filosóficos do ensino médio, a proposição de revolucionar o conhecimento dos jovens, de diminuir as desigualdades sociais e de formar um novo cidadão, mais consciente de seus direitos e obrigações.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio propagam, desde 1996, que o ensino médio é voltado para a vida, terá identidade própria, será autônomo, integrado ao trabalho e às novas tecnologias, o que fará decrescer o individualismo e fazer crescer o trabalho em equipe, ou seja, produzir um novo homem para um novo contexto social, político e econômico - a globalização; um homem novo para velhos problemas sociais - a desigualdade. Como afirmam Heloani e Capitão, "vai-se paulatinamente necessitando de um trabalhador com maiores habilidades, ágil, que saiba lidar com uma nova representação de mundo" (2003, p. 103). Como obter essa qualidade do novo se os problemas sociais e econômicos permanecem os mesmos, se não existem preocupações reais com esse homem?

No entanto, atribui-se à educação o papel, e espera-se que ela o desempenhe, de resolver problemas sociais, criados pela própria herança de um país assentado em bases econômicas desiguais, mas com um discurso de igualdade em seu processo de construção de cidadania, que é pautada na desvalorização do trabalho produtivo em prol dos trabalhos intelectuais. Complementa-nos Novais dizendo que: "no presente, há nítida sinalização de que a alta tecnologia, a modernização acelerada, a globalização perversa desvinculada de uma sólida revisão dos valores humanos não garantem uma sociedade consciente, responsável e mais justa" (2002, p. 93).

Nas palavras de Heloani e Capitão:

Esse princípio de realidade adentra e fere o psiquismo humano, fazendo com que as pessoas se sintam exigidas; o sentimento de impotência e de desvalorização, que leva as pessoas pouco resistentes a degenerar-se rapidamente, avilta de si

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