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A Discalculia, como os demais distúrbios, é uma disfunção neuropsicológica que interfere na aprendizagem da aritmética e gera dificuldades para lidar com cálculos e tudo que envolve sequência lógica. A matemática é uma ferramenta essencial para a sobrevivência do homem na sociedade cuja prática está inserida em nossa rotina, (VYGOTSKY apud SILVA, 2008, p. 11). Para o discalcúlico, a incapacidade aritmética acarreta prejuízos significativos por fracassos em tarefas diárias que revelam seu déficit e fazem emergir problemas sócios afetivos.
A discalculia é observada em indivíduos cuja inteligência é normal ou acima da média e que não apresentam deficiência auditiva, visual ou física, mas que falham no raciocínio lógico-matemático que se apresenta inferior à média esperada para sua idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade.
Os portadores desta desordem podem apresentar o comprometimento de outras habilidades importantes como:
Habilidade Linguística (compreensão através da leitura e Conceitos escritos),
Habilidade Perceptiva (reconhecimento de símbolos numéricos e discriminação de conjunto),
Habilidade Atentiva (cópia correta e observação dos sinais na operação matemática) e
Habilidade Matemática (cálculos em geral, capacidade de lidar com números no cotidiano, noção de espaço e tempo, e sequenciação como, por exemplo, os meses do ano e dias da semana).
A Discalculia, por apresentar diferentes características relacionadas aos transtornos matemáticos, foi classificada em seis subtipos, pelos teóricos Johson e Myklebust (apud SILVA, 2008, p. 18):
Discalculia Verbal – dificuldades para nomear quantidades matemáticas, números, termos, símbolos e relações;
Discalculia Practognóstica - dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos, reais ou em imagens, matematicamente;
Discalculia Léxica – dificuldade na leitura de símbolos