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A revolução técnico-cientifica
Considerada de um ponto de vista técnico, toda produção depende das propriedades físicas, químicas e biológicas de matérias e dos processos que se baseiam nelas. Mas oprocesso não esta completo sem o seu conteúdo, é uma questão de técnica. Esta, como já foi observada, é primeiramente o da especialidade, do ofício, e depois assume um caráter cada vez maiscientífico à medida que o conhecimento das leis naturais aumenta e destitui o conhecimento fragmentário e as tradições fixas do oficio. A transformação do trabalho de uma base de especialidade para uma base deciência pode-se, pois, considerar como incorporando um conteúdo fornecido por uma revolução científica técnica, dentro de uma forma dada pela rigorosa divisão e subdivisão do trabalho patrocinada pelagerência capitalista.
As últimas duas décadas do século XIX constituem um divisor de águas assinalando tão grande mudança no papel da ciência na produção que o contraste, não obstantes semelhançasque ligam ambos os períodos do capitalismo, dificilmente pode ser exagerado. A ciência é a última, e depois do trabalho a mais importante, propriedade social converte-se num auxiliar do capital.
Ocontraste entre ciência como propriedade social generalizada ocasional na produção e ciência como propriedade capitalista no pleno centro da produção é o contraste entre a Revolução Industrial, queocupou a metade do século XVIII e o primeiro terço do século XIX, e a revolução técnico-cientifica que começou nas últimas décadas do século XIX e que prossegue ainda. O papel da ciência na RevoluçãoIndustrial foi indiscutivelmente grande. A época do avanço científico durante os séculos XVI e XVII ofereceu algumas condições para a Revolução Industrial, mas a conexão era indireta, geral e difusa, nãoapenas porque a ciência não estava ainda estruturada diretamente pelo capitalismo nem dominada pelas instituições capitalistas, mas também devido ao importante fato histórico de que a

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