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18 páginas
A BOA VONTADE E O DEVER NA GÊNESE DA FUNDAMENTAÇÃO MORAL DEKANT
Gefferson Silva da Silveira
Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
RESUMO
Este trabalho pretende analisar os conceitos de boa vontade e dever expostos por Kant na Primeira
Seção da sua Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Parte-se da tese kantiana de que a boa vontade é boa em si mesma, sem estar ligada a qualquer finalidade. Ou seja, a boa vontade é boa incondicionalmente. Com o intuito de esclarecer o conceito de boa vontade Kant introduz o conceito de dever, que para os seres racionais finitos, no caso, o ser humano, apresenta-se como condição de uma boa vontade, isto é, de uma ação incondicionalmente boa. Enfatiza-se que somente são ações morais aquelas realizadas exclusivamente por dever, livres de qualquer tipo de inclinação empírica.
Acerca do dever, procura-se esclarecer as três proposições de Kant, destacando o caráter proeminente da razão no agir moral. Na conclusão, defende-se que os conceitos de boa vontade e dever são pressupostos necessários para o intento kantiano de uma fundamentação da moralidade, possibilitando a formulação do imperativo categórico.
Palavras-chave: Kant; Boa vontade; Dever; Moralidade.
ABSTRACT
This study aims to examine the concepts of good will and duty exposed in the First Section Kant‟s
Groundwork of the Metaphysics of Morals. It starts with the Kantian thesis that the good will is good in itself, without being linked to any end. In other words, the good will is unconditionally good. In order to clarify the concept of a good will Kant introduces the concept of duty, which for finite rational beings, in this case humans, it presents as condition of a good will, that is, of an action unconditionally good. It is emphasized that moral actions only are those performed exclusively for duty, free of any kind of empirical limitation. About duty, seeks to clarify the three Kant‟s propositions, highlighting the outstanding character of