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Sobre a origem do homem UM APANHADO ABRANGENTE DO PROCESSO EVOLUTIVO NO PLANETA Todo o desenvolvimento da vida, na Terra, se caracteriza pela busca e utilização da energia dispersa, em suas varias formas. A grande diversidade de formas vivas constitui, segundo esse ponto de vista, uma infinidade de “ensaios” bem-sucedidos - na verdade, surgidos ao acaso, através de mutações que ocorrem a todo instante - de uso dessas energias. Quanto aos “ensaios” malsucedidos ou que as mudanças ocorridas no planeta tornaram inviáveis, simplesmente desapareceram, deixando ou não seus vestígios na forma de fósseis.
A história do universo, e de nosso planeta em particular, pode ser considerada uma longa história da energia. Ela se caracteriza por uma sucessão de formas de produção, transformação, armazenamento e, principalmente, conservação da mesma energia que produziu o “big-bang” ou explosão inicial do universo. A matéria, constituída de átomos, moléculas, minerais e seres vivos, representa a principal forma de armazenamento da energia e, quanto mais complexa, maior concentração de energia apresenta.
Assim, as transformações energéticas que caracterizam a extraordinária dinâmica do nosso globo manifestam-se não somente através dos grandes impactos metereológicos e convulsões tectônicas, mas também por meio de reações químicas diversas. Estas nada mais são do que conversões energéticas. As elevadas quantidades de energia disponíveis, nos primórdios da formação do planeta, permitiram a formação de compostos químicos de alta complexidade, que viriam a constituir as primeiras moléculas orgânicas. Mas, com a perda progressiva de energia sofrida pelo planeta, por dissipação do calor acumulado, a tendência seria a da oxidação ou degradação de todos esses compostos, perdendo sua complexidade reduzindo-se a estruturas cada vez mais simples e inertes.
Uma circunstância casual veio, então, a modificar essa situação na Terra, e nesse acidente estaria situada a origem do processo