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Junto ao respeito a cada pessoa, a cultura tradicional africana põe especial ênfase nas virtudes como a tolerância, a hospitalidade, a paciência, e a capacidade de aceitar e colaborar com os demais… porque são valores que asseguram a harmonia social.A rápida expansão do cristianismo e do Islã na África se deve, em grande parte, ao sentido religioso, ao respeito e à tolerância inerentes à cultura tradicional. Os africanos descobriram que essas novas religiões provenientes do exterior continham muitos aspectos das crenças fundamentais (Ser Supremo, culto aos mortos/antepassados, espíritos, etc.) e dos valores (centralidade da pessoa, importância da comunidade, a caridade e o perdão.) de sua própria experiência religiosa.
Na maioria dos casos, os africanos subsaarianos convertidos ao cristianismo ou ao Islã não tiveram grandes problemas para viver a nova fé no interior de suas sociedades. O espírito tradicional de respeito e tolerância permitiu preservar o supremo valor da harmonia dentro do grupo apesar das diferenças de filiação religiosa.
Na África, a cultura tradicional mitigou os efeitos da divisão existente entre as diferentes igrejas cristãs e o antagonismo mútuo entre o cristianismo e o Islã. Frequentemente, numa mesma família convivem em paz membros de diversas confissões cristãs, muçulmanas e seguidores das religiões tradicionais. Também acontecem com frequência que em momentos críticos da vida do grupo, como por exemplo os funerais de uma pessoa, celebram-se tanto os ritos cristãos ou islâmicos como os tradicionais vinculados aos antepassados; nestes casos atua-se em segredo às escondidas dos líderes das respectivas igrejas ou mesquitas quando se sabe que estes não aprovam tais práticas. Algo parecido acontece na hora de realizar cerimônias de iniciação e do matrimônio. A violência sectária na Nigéria ou violência inter-religiosa na Nigéria é um conflito armado de grupos militantes, representantes de diferentes grupos religiosos e o governo da Nigéria.