523 2367 1 PB
ISSN 2175-0106
MELHORAMENTO GENÉTICO DE EQUINOS:
ASPECTOS BIOQUÍMICOS
HORSE BREEDING PROGRAM: BIOCHEMICAL ASPECTS
I. C. REGATIERI1*, M. D. S. MOTA2
RESUMO
Nos últimos anos, a equinocultura no Brasil se desenvolveu e ganhou importância nas atividades de esporte e lazer. O complexo do agronegócio do cavalo é relevante no cenário nacional e o país apresenta destaque na importação e exportação de animais vivos. A exportação de cavalos de corrida tem aumentado e as técnicas de melhoramento genético visando melhor desempenho esportivo têm sido almejadas por criadores, apesar do distanciamento destes com os centros de pesquisa. Estudos científicos foram publicados em várias áreas da produção equina, porém, quando se trata de melhoramento genético, valores de herdabilidades e correlações para características relacionadas ao desempenho atlético de cavalos de esporte dificultam uma seleção simples e direta. A seleção genômica pode fornecer as ferramentas necessárias para o aperfeiçoamento do melhoramento das raças equinas embora fatores ambientais possam interferir no desempenho dos equinos, como nutrição e o treinamento realizado nos cavalos esportistas. Várias fibras musculares compõem o músculo esquelético dos cavalos. Suas proporções e tipos podem ser modificados conforme o treinamento aplicado. Outros fenótipos que podem ser alterados com o treinamento se referem a processos envolvendo mecanismos de homeostase ácido/base. O ATP é o principal combustível fornecido para que a contração muscular ocorra. Uma das vias de produção de ATP é a glicólise anaeróbia que tem como produto final o lactato e o hidrogênio, este, um dos responsáveis pela fadiga muscular. Transportadores Monocarboxilatos tipo 1 (MCT1), presentes nas hemácias, e sua proteína acessória (CD147) têm como função transportar íons H+ e lactato do plasma para o eritrócito contribuindo para a manutenção da homeostasia ácido/base retardando a acidose