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CRIANÇAS COM DIFICULDADES MOTORAS: COMO ATENDÊ-LAS?
FREITAS, S.L., DANTAS, L.E., GATAMORTA, D.B., JARDIM, M.A.
Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo
INTRODUÇÃO
Uma das características mais intrigante do desenvolvimento humano em geral, e motor, em particular, é a de que o desenvolvimento é marcado por ampla similaridade (universalidade) no comportamento motor da população e diversidade (variabilidade intra e inter-individual) na seqüência do desenvolvimento relativamente previsível no que diz respeito ao que é possível adquirir e quando.
Entretanto, existem situações em que a variabilidade ultrapassa os limites de um desenvolvimento dito normal, adquirindo características de desvio 1. Uma delas refere-se ao atraso excessivo na aquisição de habilidades motoras básicas.
O atraso motor é descrito como algo concomitante a muitas desordens psicológicas ou neurológicas. Entretanto, existem condições em que o atraso ou a dificuldade motora manifesta-se de uma maneira isolada, isto é, sem estar acompanhada por nenhum diagnóstico e ainda assim crianças apresentam dificuldades extremas para realizar tarefas como correr, andar, receber, escrever, vestir-se, etc.2
Essas crianças são normalmente denominadas de atrapalhadas, desajeitadas, sem coordenação, entre outras. Os relatos dessa condição vêm sendo feitos desde a década de 60.3 A Associação de Psiquiatria Americana 4 e a Organização Mundial da Saúde 5 reconheceram essa