461 1865 1 PB
Another intellectual: contemporary historiographical perspectives
AZEVEDO, Cecília; ROLLEMBERG, Denise; KAUSS, Paulo; BICALHO, Maria Fernanda
Baptista; QUADRAT, Samantha Viz (orgs). Cultura política, memória e historiografia.
Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2009, 544 p.
Francisco Martinho fcpmartinho@gmail.com Professor adjunto
Universidade de São Paulo
End. Rua Urano, 65/94B – Aclimação
01529-010 – São Paulo – SP
Brasil
Palavras-chave
284
História; Historiografia; Intelectual.
Keywords
History; Historiography; Intelectual.
Enviado em: 16/5/2012
Aprovado em: 11/6/2012 história da historiografia • ouro preto • número 9 • agosto • 2012 • 284-291
Um outro intelectual
A consolidação da profissão de historiador no Brasil passou por uma série de fases e processos de maturação. Na década de 1970, por exemplo, ao mesmo tempo em que eram criados os programas de pós-graduação em história, diversos foram os profissionais que fizeram seus doutoramentos fora do país. Assim, o apoio por intermédio do poder público dava-se em duas direções. Por um lado fortalecia os mecanismos através dos quais a Universidade produziria conhecimento; por outro, na medida em que os primeiros programas de pós-graduação limitavam-se, com honrosas exceções, ao curso mestrado, incentivava seus docentes a se especializarem e estabelecerem contatos no exterior, sobretudo na França, na Inglaterra e nos Estados Unidos. No início da década seguinte, paralelamente a este processo de formação de quadros em
Universidades estrangeiras, retornaram ao Brasil historiadores que haviam sido perseguidos pelo regime autoritário. Foram estes os casos, só para falarmos do departamento de história da Universidade Federal Fluminense (UFF), das professoras Maria Yedda Leite Linhares e Eulália Maria Lahmeyer Lobo. E foi neste duplo movimento, formação no exterior e regresso de quadros mais experientes, que o programa de pós-graduação em