A disputa territorial pela regi o do Acre
1- Introdução
No período das grandes navegações as nações de Portugal e Espanha, dominavam a disputa e ocupação de terras descobertas, e ainda por descobrir. Para evitar que estes dois países se envolvessem em lutas por estes territórios os governos pediram que
o papa
Alexandre VI, em 1493 fizesse uma divisão das terras. Foi criado então o documento batizado pelo nome de Bula, nela ficava estabelecido que as terras situadas até 100 léguas a partir das ilhas de Cabo Verde seriam de Portugal e as que ficassem além dessa linha seriam pertencentes à Espanha. No entanto, Portugal receoso de ter suas conquistas perdidas para seu grande adversário, convenceu a Espanha a assinar o Tratado de Tordesilhas em 1494, no qual os limites antes estabelecidos foram alterados de 100 para 370 léguas. Apesar do tratado, os portugueses continuaram a invadir as áreas pertencentes à Espanha, mesmo depois de muito tempo quando o Brasil foi descoberto, os Portugueses e Brasileiros nunca respeitaram o tal tratado e continuaram avançando para o interior e ocupando terras espanholas, às vezes sem saber que a estavam ocupando.
Tanto que no século XVIII os portugueses haviam estendido as fronteiras Brasileiras, para além do estabelecido nos tratados anteriores, dando origem a outros tratados, com o intuito de conter a expansão portuguesa na América do sul. Na metade deste mesmo século, mesmo após a criação da capitania de Mato Grosso, não houve pelo estado um estimulo de estender o povoamento para além do extremo oeste da colônia.
Houve então uma colonização espontânea entre o Noroeste e o Norte, organizados por
Sertanistas e Aventureiros, que passaram, então, a explorar a Amazônia, muitas vezes estes desconheciam se os territórios a oeste pertenciam ao Brasil, ao Peru ou à Bolívia, e mesmo assim continuaram abrindo caminho a sucessivas ondas migratórias.
Estas migrações se intensificaram a partir da segunda metade do século XIX, quando
alguns