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PERCEPÇÃO E A VALORIZAÇÃO DOS ATRIBUTOS
HABITACIONAIS DO SÍTIO HISTÓRICO DA BOA VISTA NO RECIFE
Iana Ludermir Bernardino
Resumo
Os centros históricos de grandes cidades brasileiras têm passado por processos semelhantes de evasão habitacional e empobrecimento da população residente. A controversa desvalorização habitacional de tais áreas tem contribuído para potencializar a degradação do estoque edificado devido à instalação de novos usos incompatíveis e à subutilização de edificações. É desencadeado um processo de descaracterização dos imóveis e da dinâmica urbana da área, outrora marcada pela vitalidade e heterogeneidade de usos e funções.
Compreende-se que a preservação do caráter habitacional dos sítios históricos é essencial para a conservação da sua urbanidade. No contexto brasileiro entende-se que a valorização habitacional das edificações históricas por parte de demandas individuais importa na medida em que os usuários de tais edificações – moradores e proprietários –, são agentes essenciais no processo de salvaguarda deste patrimônio, cabendo a estes a conservação de uma porção considerável de imóveis que compõem o bem patrimonial coletivo: as edificações civis de propriedade privada. Diante dos impactos negativos da desvalorização habitacional sobre este estoque edificado, esse trabalho expõe o estudo sobre a condição de habitabilidade de um centro histórico segundo a percepção e a valorização dos seus atributos habitacionais por parte de indivíduos que comporiam uma demanda habitacional em potencial. Para tanto, toma como estudo de caso o sítio histórico da Boa Vista, no centro do
Recife. A condição de habitabilidade desta área histórica, analisada na escala urbana e da edificação, a partir da percepção de moradores do seu entorno “moderno”, revela fatores decisivos para a não opção habitacional pela área histórica.
Palavras-chave: habitabilidade, centro histórico, conservação, Recife, Boa Vista
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