4 evangelhos
Em Mateus, Cristo é apresentado como Filho de Davi, o Rei dos judeus, e tudo em sua narrativa gira em torno dessa verdade. Isso explica porque o primeiro Evangelho abre registro da genealogia real de Cristo, porque o segundo capítulo menciona a jornada dos magos do Oriente, que vieram da Jerusalém perguntando “Onde está Aquele que é nascido rei dos judeus?” e porque dos capítulos cinco e sete nós temos o que conhecemos “Os Sermão da Monte”, que, na verdade, é o manifesto do Rei, contendo uma enunciação das Leis de seu Reino
Em Marcos, Cristo é descrito como o Servo de jeová, como aquele que, apesar de ser igual a Deus, humilhou-se e ‘tomou a forma de servo”. Tudo neste Evangelho contribui para este tema central, e tudo fora disso é rigidamente excluído. Isso explica porque não há genealogia registrada em Marcos, porque Cristo é introduzido já no início de seu ministério público (nada nos é contado sobre sua vida antes disso), e porque há mais milagres (atos de servidão) detalhados que em qualquer outro Evangelho.
Em Lucas, Cristo é apresentado como Filho do Homem, unido, mas diferenciado dos filhos dos homens, e tudo na narrativa serve para mostrar isso. Assim, explica-se porque o terceiro Evangelho traça sua genealogia até Adão, o primeiro homem, porque, como o Homem perfeito, ele é visto frequentemente em oração e porque os anjos são vistos ministrando sobre ele, ao invés de comandados por ele, como acontece em Mateus.
Em João, Cristo é revelado como o Filho de Deus, e tudo neste quarto Evangelho é feito para ilustrar e demonstrar este relacionamento divino. Isso explica porque no versículo de abertura somos levados de volta a antes de o tempo começar e somos apresentados a Cristo como Verbo “no princípio”, com Deus, e ele mesmo