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Gilberto Strunck, sócio-diretor da DIA Comunicação de Marketing
(www.diacm.com.br) apresenta neste artigo um roteiro básico de como criar identidades visuais para marcas de sucesso. Gilberto é professor e autor de diversos livros no campo do design.
Cansei!
Chega desta vida onde as marcas dominam o meu dia-a-dia.
Onde sou julgado pelas marcas que visto, pelas que me transportam ou viajo. Pelas de onde me hospedo. Pelas que como, bebo e me higiênizo. Pelas que uso para escrever, telefonar, micrar. Por aquelas dos lugares que freqüento para trabalhar ou me divertir.
Chega desse pré-julgamento que faço dos outros, e de como sou visto pelos outros, em função dos símbolos que exponho de mim.
Chega disso! Quero viver numa sociedade onde eu seja apenas o que sou, sem dar nenhuma “pista” sobre os meus valores. Onde para ser conhecido, tenha que ser “descoberto”, “experimentado”.
Utopia Improvável
Mas isto seria possível?
Num mundo onde a única certeza que temos é a que amanhã tudo vai ser diferente?
No qual a quantidade de conhecimento disponível cresce exponencialmente, propiciando o lançamento diário de novos produtos e serviços, que nos encantam e aumentam a qualidade de nossas vidas?
Como fazer negócios numa sociedade sem marcas?
Onde nossa percepção de tempo é cada vez mais acelerada, cujo ritmo de vida deixaria nossos avós sem fôlego? Onde a briga não é mais entre grandes e pequenos, mas sim entre lerdos e rápidos, aqueles que sabem identificar tendências e mudam continuamente para se perpetuar no mercado. Num cenário como esse, feroz e muito competitivo, de grandes investimentos e de alta mortalidade de empresas, as marcas servem como aceleradoras dos processos de conhecimento e decisão. Em nossa
economia não existem marcas só com uma função um valor de uso.
Todas têm também uma representação, que nos é transmitida pela experiência de seu consumo, por suas ações de comunicação, pela indicação de amigos.