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2920 palavras 12 páginas
Acidentes com crianças: Quedas
Crianças são mesmo desconcertantes. Em segundos, conseguem escapar do olhar vigilante dos adultos e aprontar alguma estrepolia que lhes põe em risco a vida. Nunca me esqueço de um filme a que assisti sobre o Paulinho da Viola. Num trecho, ele conta que estava lendo jornal, quando a mulher lhe pediu que olhasse o filho enquanto ela tomava banho. De repente, num desses pressentimentos que só as mães têm, do banheiro ela gritou que pegassem a criança que estava caindo na piscina. A explicação do Paulinho da Viola atônito com o incidente — “Criança é assim, está ali naquela hora e de repente não está mais” — exprimiu sua estupefação diante das coisas que as crianças são capazes de aprontar e da falta absoluta da noção do perigo a que se expõem.
Basta um pequeno descuido, e lá estão elas subindo em cadeiras para olhar pela janela, abrindo os armários da cozinha ou chegando perto do fogão aceso, arranjando um jeito de mexer nos produtos de limpeza ou nos remédios, apesar de terem sido colocados em prateleiras altas e aparentemente inacessíveis.
A consequência óbvia dessa característica do comportamento infantil é que elas se machucam a despeito dos cuidados e do olhar vigilante dos adultos. Muitas vezes, felizmente, tudo não passa de um susto. Há ocasiões, porém, em que os acidentes são graves e requerem assistência médica imediata.
TOMADAS E JANELAS
Qual a fase em que as crianças ficam mais sujeitas aos acidentes domésticos?

A partir do momento em que começam a movimentar-se sozinhas. Quando aprendem a engatinhar, por exemplo, por volta de um ano de idade, as crianças estão “prontas para aprontar”, seja enfiando o dedo nas tomadas elétricas, puxando a toalha da mesa com tudo que tem em cima ou pegando objetos que podem feri-la.
Acidentes domésticos na infância podem ter consequências graves. Uma criança de três anos, por exemplo, que anda, corre, fala, já se veste sozinha e que todos acham esperta e independente, essa mesma

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