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2- A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
2.1- ANTECEDENTES

De que modo a Europa havia se tornado um barril de pólvora, a ponto de um episódio do nacionalismo balcânico desdobrar-se num confronto mundial?
Entre 1871 e 1914 não ocorrera nenhum conflito que envolvesse diretamente as potências européias. Mas isso não impediu os governos de se lançarem numa corrida armamentista para se equipar com os novos armamentos desenvolvidos em cada país pela “tecnologia da morte”. Tais armas foram testadas em terras da Ásia e da África, ajudando a submeter às populações locais ao domínio de Estados como a Grã-Bretanha e França, que construíram vastos impérios coloniais. Mas algumas potências como a Alemanha e a Itália, de unificação tardia, realizada na segunda metade do século XIX, haviam se atrasado na corrida imperialista e controlavam territórios menos extensos e menos ricos. Ambas estavam decididas a alcançar suas rivais – e, para isso, era fundamental dispor de equipamento bélico moderno.
Em outras palavras, a corrida armamentista não levou as nações européias diretamente à guerra, mas a favoreceu devido à conjuntura internacional. As rivalidades imperialistas contribuíram para que a indústria bélica se desenvolvesse consideravelmente no período. 2.2- A Europa entra em declínio
A Europa brilhava sobre o mundo... Vivia-se o apogeu da sociedade liberal, capitalista.
O apogeu, dialeticamente, traz consigo o germe da mudança. Esse germe eram as próprias contradições permanentes e fundamentais do Modo de Produção Capitalista: a miséria do proletariado em meio à abundância, as crises de superprodução, a frenética busca de mercados, os problemas sociais e econômicos.
Enfim, todos esses problemas, ao evoluírem, geraram a crise do mundo liberal capitalista, e a Primeira Grande Guerra representou na prática o início desta crise. Os homens

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