3 A Quest O Agr Ria E O Socialismo
João Pedro Stédile inicia sua dissertação mostrando-se satisfeito com seus leitores, dado que “as pessoas que estão aqui, estão diretamente envolvidas em lutas populares numa perspectiva de construir uma sociedade diferente”. Segue então usando vocabulário forte e amigável à dicotomias, como “obviamente”, “hoje, mais do que nunca”, etc...
É afirmado, então, que a questão agrária é, verdadeiramente, um problema agrário, todavia a nomenclatura será continuada devido o uso mais comum na academia.
Vemos após severas críticas aos setores da ‘esquerda’ que viam como possibilidade de melhoria geral um alinhamento com os capitalistas industriais, para que assim o campo produzisse o suficiente para o crescente “mercado interno capitalista nacional”. Nenhuma justificativa, além de que obviamente (sic) a burguesia não faria algo que fosse objetivamente melhorar a vida do campesinato, é dada, no entanto.
Em “O Problema Agrário Hoje”, é discorrido como o capitalismo se ‘infiltrou’ no meio rural, e como o modo de produção ganhou força no setor. Tem-se de que a terra é um bem de valor imensurável, o suficiente para que agricultores que venderam as suas serem alvo de chacota de Stédile. Novamente, nenhuma argumentação para tal raciocínio é desenvolvida. A seção termina concluindo sobre o vital problema que é a concentração de terras, mesmo que tais sejam produtivas. Também incomoda fortemente o autor o fato de que entidades não ‘naturais’ do campo possam produzir no setor, sem explicações de o porque alguém ou alguma corporação é obrigada a se fixar em somente uma atividade. O autor que vos fala, sendo polímata, tem sincera curiosidade sobre tal linha de pensamento.
O excerto é concluído apontando supostas incoerências e problemas graves do sistema atual, porém não apresenta fontes. Assim, a única e evidente solução seria a revolução socialista, que não seria suficiente apenas no campo, porém também em toda a cadeia produtiva rural. Por fim, é