3 -– Quais são as formas do exercício do poder em uma sociedade concebida por aristóteles? diferem da concepção de montesquieu? qual a influência das idéias desses pensadores no mundo moderno?

Quais são as formas do exercício do Poder em uma sociedade concebida por Aristóteles? Diferem da concepção de Montesquieu? Qual a influência das idéias desses pensadores no mundo moderno?

As formas de exercício de poder concebidas por Aristóteles são a monarquia, a aristocracia e a democracia. Para Aristóteles a monarquia representa o governo de apenas uma pessoa, enquanto a aristocracia seria o governo de alguns, um governo dos melhores. Aristóteles entende que é imperioso ao governo aristocrático que selecione os melhores governantes. O terceiro tipo de governo para Aristóteles é a democracia, governo que deve atender aos reclamos de conservação e observância dos princípios de liberdade e igualdade (BONAVIDES, 2003, p. 192-193; ARISTÓTELES, 1955, p. 230-240).
Importante salientar que Aristóteles ressalta que as formas de exercício de poder acima salientadas são as chamadas puras, ou seja, sem desvios, podendo ocorrer as formas impuras, que são a tirania, a oligarquia e a demagogia. A tirania é a monarquia impura, quando o monarca utiliza o Estado para seus próprios interesses, sendo a oligarquia a aristocracia depravada, enquanto a demagogia é o desvio da democracia, que ocorre quando as multidões rudes, ignaras e despóticas tomam o poder (BONAVIDES, 2003, p. 194; ARISTÓTELES, 1955, p. 230-240).
A concepção de Montesquieu é lembra a versão de Aristóteles, sendo que o autor apresenta as seguintes formas de exercício do poder: monarquia, ou seja, o governo de um, respeitando as leis e as instituições (grifo nosso); república aristocrática, isto é, o governo de poucos; a república, com o governo de todos e despotismo, o governo de um, sem respeito às instituições (ALBUQUERQUE, 2006, p. 117). A grande diferença aqui está na divisão entre monarquia e despotismo, sendo que o déspota é o ‘monarca’ não esclarecido, não seguidor das instituições e que não busca o bem comum, enquanto o monarca é esclarecido, buscando o bem de todos. Essa dicotomia foi apresentada por