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Assim o inconsciente possui dois níveis que são os conteúdo manifesto e um conteúdo latente. O conteúdo latente mostra-nos estruturas recalcadas que tentam emergir. O conteúdo latente é o verdadeiro sonho, o conteúdo manifesto é o que o sujeito conta, sendo um disfarce do verdadeiro sonho. O trabalho de sonho ou elaboração onírica é a passagem do latente ao manifesto. Basicamente podemos dizer que o conteúdo latente é inconsciente e o conteúdo manifesto é consciente. Além disso, o conteúdo latente é algo semelhante a um impulso, enquanto o conteúdo manifesto é uma imagem visual. Finalmente, o conteúdo manifesto é uma fantasia que simboliza o desejo ou impulso latente já satisfeito, isto é, trata-se de uma fantasia que consiste essencialmente na satisfação do desejo ou do impulso latente.

conteúdo latente e conteúdo manifesto. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [Consult. 2014-02-25].
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Os sonhos sempre exerceram fascínio na humanidade desde a antiguidade, inclusive entre os egípcios e, particularmente, entre os judeus do Antigo Testamento. No livro de Gênesis da biografia do patriarca José vemos também a importância da decifração dos sonhos no contexto bíblico. Em muitas culturas os sonhos eram considerados como uma forma de comunicar-se com o sobrenatural, uma maneira de se prever o futuro das pessoas. Num papiro egípcio datado de 2000 AC discute-se sonhos e suas interpretações. Era crença na Grécia Antiga de que o sonhador estava em contato com os deuses. [2]
Em 1900, Freud publicou sua obra Die Treumdeutung (A Interpretação dos Sonhos). Em seus textos, ele descreveu minuciosamente o trabalho dos sonhos, sua importância e utilização no processo analítico. Ele também afastou essa temática das crenças religiosas e culturais, as quais vinculavam o sonho a uma experiência premonitória e supersticiosa herdada da Antiguidade através do senso comum (OLIVEIRA, 2011).
O livro levou dois anos (1898 e 1899) para ser

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