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A Fenícia era uma civilização oriental localizada em uma estreita faixa litorânea do Mediterrâneo, tendo apenas 40 Km de largura, onde, atualmente, situa-se o Líbano e parte da Síria.
Devido a sua localização pouco propícia á agricultura - O relevo fenício era montanhoso e árido - e muito próxima do mar Mediterrâneo, os fenícios desenvolveram sua civilização em função do comércio marítimo, atividade em que foram os grandes mestres da antigüidade.
Não por acaso o regime político era uma talassocracia, que atribuía o poder aos homens ligados ao mar. Graças ás suas grandes habilidades como navegadores, entre os séculos X e I a.C os fenícios estabeleceram rotas comerciais ao longo de todo o Mediterrâneo e até mesmo na costa atlântica da península ibérica e no norte da África.
Produto da necessitade dominar o comércio marítimo, também, foram as inestimáveis contribuições que os fenícios legaram á humanidade. A astronomia e a matemática, por exemplo, foram ciências largamente aperfeiçoadas pelos fenícios e, embora tenham sido muito importantes para o desenvolvimentos das referidas ciências, considera-se a criação do primeiro alfabeto fonético a maior herança deixada pelos fenícios. Sempre em um contexto de intensa atividade mercantil, o alfabeto fonético foi criado devida a necessitade de ter uma linguagem de fácil compreensão, afim de facilitar o entendimento dos mais variados povos com quem os fenícios realizavam transações.
A conjugação da forte vocação marítima com uma grande habilidade comercial resultou na fundação de diversas colônias fenícias, como Cartago, Creta, Gadir e Tingis. Após o século V a Fenícia foi ocupada pela macedônia e deixou de existir como unidade política, embora suas colônias continuassem a prósperar economicamente devido ao comércio marítimo.
Cartago, a principal colônia fenícia chegou a duelar com a poderosa civilização romana pela hegemonia das rotas marítimas no mediterrâneo, em um conflito que ficou conhecido como Guerras Púnicas,

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