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A alimentação dos pequeninos e o desmame – Françoise Dolto
•O leite materno é o único alimento perfeitamente adequado à nutrição e ao crescimento do recém-nascido.
•A presença da mãe, o leite da mãe, o amor da mãe lhe pertencem e não lhe devem ser subtraídos. •Há numerosas considerações fisioquímicas, mas elas só apóiam o bom senso das empíricas.
Junto com o leite o bebê ingere libido...
• Esse lactente frágil não só tem necessidade de cuidados maternais, de calor, de calma, de proteção – que qualquer um lhe poderia dar – mas também tem necessidade do clima sensorial e psicoafetivo daquela que é para ele a primeira alimentação, que é sua terra viva.
• Por mais perfeito que seja o seu preparo, nenhum leite fresco ou conservado equivale, para o bebê, ao seio de sua mãe.
Qual a quantidade adequada de leite?
•Para o bebê alimentado no seio, não há outra regra senão seu apetite e seu próprio ritmo.
• APETITE ≠ ANSIEDADE / DESCONFORTO
•Quando a mãe tem leite em quantidade suficiente, não há portanto mais problema, salvo a escolha do momento em que deverá começar o desmame.
Desmame...
•Relação entre distúrbios neuróticos e um desmame mal vivido. •O desmame é comparável a um segundo nascimento.
•Há mães que desistem de amamentar com a justificativa de poupar o filho do sofrimento do desmame.
•O desmame é uma etapa fisiológica e psicológica importante; trata-se de vivê-la no momento certo, ou seja, quando se faz sentir a necessidade de uma alimentação mais substancial, no momento em que aparecem os dentes e em que é adquirida a faculdade de por objetos na boca. Isto é, por volta de sete a oito meses. Atualmente defende-se a livre demanda na amamentação, tal como Dolto anuncia. Como fica, no entanto, a rotina da mãe?
• Dolto escreveu esse texto em 1950, mas teve a sensibilidade de destacar:
• “[...] a mãe não é somente nutriz, é também encarregada de tarefas”.
• Com essa justificativa a autora, que era