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A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO SOB A ORIENTAÇÃO DE DOCUMENTOS
ELABORADOS NO INÍCIO DO SÉCULO XXI: DA NECESSIDADE DE CONTINUAR O
DEBATE
Alessandra Peternella – UEM/UERR
Maria Terezinha Bellanda Galuch – UEM
RESUMO
O presente estudo funda-se na seguinte questão: o debate sobre a formação do pedagogo, após Diretrizes
Curriculares Nacionais de 2006, estaria encerrado? Para responder ao problema levantado, tomam-se como fonte de análise dois documentos: a) o Parecer CNE/CP 5/2005, que fundamenta a Resolução 1 de 15 de maio de 2006, o qual homologa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia; e b) o documento assinado pelas entidades dos educadores – “A definição das Diretrizes para o Curso de Pedagogia” de 2004, por ser propositivo e representativo da sociedade civil organizada, produzido em meio ao debate que antecedeu a homologação das Diretrizes. Neles analisam-se comparativamente os princípios e concepções concernentes à Docência, Gestão e Pesquisa, compreendidos como os eixos da formação do Pedagogo. O resultado desvelou que os princípios e concepções analisados não portam o mesmo significado em ambos os documentos, incitando a necessidade de se continuar o debate e as reflexões sobre a formação deste profissional da educação.
Palavras-chave: Formação Inicial do Pedagogo. Diretrizes Curriculares Nacionais de Pedagogia. Movimento dos
Educadores.
Introdução
Historicamente, o Curso de Pedagogia no Brasil passou por mudanças legais definidoras do espaço de atuação e das funções a serem desempenhadas pelo pedagogo. Este espaço de atuação mostrou-se oscilante: ora a ênfase voltou-se às funções de técnico em educação, professor, ou seja, especialista; ora buscou-se a formação do docente, gestor, pesquisador, ou seja, generalista. Tais mudanças resultam de interpretações diferenciadas sobre o próprio Curso:
Bacharelado, Licenciatura ou os dois em unidade? Isso acaba revelando que a indefinição perpassa a identidade profissional do pedagogo.
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