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Para compreender Saussure: Fundamentos e visão crítica (pp. 29 – 49).
Carvalho, Castelar de. Petrópolis: Vozes, 2013.
O autor baseia- se em análises de textos e relatos de Saussure, o qual diz que a língua é a união dos sentidos e da linguagem acústica, pressupondo que a cultura já tinha uma existência estabelecida.
Saussure prefere relatar o termo signo, o qual possuem dois elementos, o significante e o significado. Utilizando a palavra símbolo para designar o signo linguístico.
Para ele o sentido é a mesma coisa que conceito e ideia, ou seja, é a representação mental de um objeto, sendo que o significante e o significado são interdependentes.
Portanto, o significante é a parte perceptível do signo (plano da expressão) e o significado é a parte inteligível (plano do conteúdo). Assim, o signo é o produto do significante mais o significado, e seus princípios incluem arbitrariedade e linearidade.
A arbitrariedade é a soma do significante mais o significado, sendo que para Saussure o arbitrário não deve dar ideia de que o significado dependa da livre escolha do que fala e sim repousa no fato do falante não poder mudar aquilo que o seu grupo linguístico já consagrou. Sendo que o signo é arbitrário, pois veio da tradição.
As objeções feitas à arbitrariedade são consideradas palavras motivadas – onomatopeias – pois sugerem uma realidade. Mas tal impressão é ilusória, pois os ruídos e sons sugeridos pelas onomatopeias transformam-se numa imitação convencional, variando de língua para língua, não se tratando da imitação fiel do ruído e sim da interpretação aproximada por meio da língua fornecida.
Saussure apesar de deixar clara a arbitrariedade reconhece a existência de graus de motivação entre o significante e o significado. O que expõe um ponto de vista dicotômico, onde propõe uma existência de um arbitrário absoluto, como no caso da numeração dez e nove, e de um arbitrário relativo, como a dezena dezenove.
Os exemplos apresentados sugerem que o arbitrário