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Nos primeiros cursos de Engenharia, houve a influência do cartesianismo que marcou o início da Filosofia Moderna a partir do século XVII, e do positivismo a partir do final do século XIX que permitiam conhecer a verdade, mediante o uso da linguagem matemática para descrição dos fenômenos da natureza (LAUDARES;RIBEIRO, 2000, p.493).Inicialmente, as disciplinas de Matemática nos cursos de Engenharia, no Brasil, eram ensinadas por professores que eram engenheiros: os professores de matemática das primeiras três décadas do século XX eram os politécnicos, egressos das escolas de engenharia, principalmente do Rio de Janeiro (da Escola Militar, Escola Naval, Escola Politécnica do Rio de Janeiro e Escola de Engenharia da Universidade do Brasil) e em menor escala, de São Paulo (Escola Politécnica e FFCL-USP) (SILVA, 2006, p.893).Nos cursos de Engenharia desde o final do século XIX até 1968 os professores de Matemática eram engenheiros do próprio curso. A partir de 1968, com a reforma universitária, foram agrupadas diversas disciplinas de Matemática, bem como os professores, nos Departamentos de Matemática que passaram a enviar professores para ensinar em diversos cursos nas universidades. Esta reforma foi instituída pelo Decreto nº 62.937, de 02.07.1968 (FAVERO, 2006, p.34).Atualmente, as disciplinas da área de Matemática fazem parte dos anos iniciais dos cursos de Engenharia no Brasil. Nestas disciplinas existe um alto índice de insucesso, principalmente no primeiro período, e devido a esse fato alguns pesquisadores da área de ensino de matemática, como Soares e Sauer, já alertavam para a necessidade de se examinar os temas ligados ao ensino de matemática para engenheiros de forma que ações de reestruturação, adequação ou melhoria pedagógica fossem adotadas (SOARES; SAUER, 2004, p.245). Uma das causas desse insucesso é a falta de relação entre as disciplinas padronizadas etradicionais e seu emprego em modalidades de engenharia específicas. O objetivo do presente artigo