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HISTÓRIA DO PENSAMENTO SOCIAL NO BRASIL PENSAMENTO CONSERVADOR, LIBERAL E REVISIONISTA
1. PENSAMENTO CONSERVADOR José Honório Rodrigues sempre acreditou que, pela nossa tradição portuguesa, o brasileiro fosse um “povo extremamente conservador. E o que vem a ser o conservadorismo? Segundo Norberto Bóbbioi, definir o conservadorismo não é uma tarefa das mais fáceisii. Pode-se se dizer que
...na linguagem cotidiana, política ou não, fizeram com que se reduzisse o Conservadorismo a uma atitude e se estudasse do ponto de vista psicológico, na busca das motivações que impelem certos indivíduos a assumir posições consideradas na prática política como "conservadoras”iii Por sua vez, numa perspectiva histórica pode-se afirmar
“... O conservadorismo surge só como resposta necessária às teorias que, a partir do século XVIII, se distanciaram da visão antropológica tradicional para reivindicar para o homem a possibilidade, não só de melhorar o próprio conhecimento e seu domínio sobre a natureza, como também de alcançar, por meio de ambos, uma auto-compreenção cada vez maior e, consequentemente, a felicidade. O resultado a que tendiam essas teorias era ode fazer da história humana em um processo aberto e ascendente, baseado numa antropologia revolucionária, onde o indivíduo fosse núcleo ativo, capaz de se tornar melhor tornando-se cada vez mais racional. Isto implicava o rompimento com a tradição, o que provocou fendas na consciência europeia, quer á nível cultural, quer a nível político”iv No tocante Ao pensamento social no Brasil, essa matriz conservadora situa-se precisamente no movimento reação às ideias Iluministas, que culminaram na Revolução Americana (1776), na Revolução Francesa (1789) e no processo de fragmentação do Império Espanhol (1810-1825). Nos três casos, a Monarquia foi substituída pela República. Deve-se ressaltar aqui que o Brasil foi à única das ex-colônias americanas que optou pela forma monárquica de governo, sendo o seu