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754 palavras 4 páginas
Depois de 40 semanas que o espermatozóide fecundou o óvulo, uma nova vida foi criada.
Uma simples célula deu origem a um bebê completamente formado. Agora, a tranqüilidade do útero materno está para ser quebrada: nós estamos à beira do parto.

Todos nós vivemos esta experiência, mas é impossível lembrar o que sentimos no momento em que nascemos. O parto é um evento surpreendente e provavelmente doloroso. O que os cientistas sabem é que nosso organismo sofre uma descarga de adrenalina mais intensa do que a de um ataque cardíaco. Essa descarga de adrenalina nos ajuda a sobreviver. É ela que força nossos pulmões a respirar pela primeira vez.

Pulmões ainda cheios de líquido amniótico. Nesse instante, corremos o risco de morrer afogados. Os músculos que precisamos contrair para respirar, de repente, entram em espasmo. Nossos pulmões despertam para a vida e inspiramos pela primeira vez.

É a respiração mais importante de nossas vidas. A primeira das 700 milhões que daremos antes da última. O ar chega à traquéia e percorre os brônquios, que se dividem em bronquíolos cada vez mais finos, até desembocar nos alvéolos pulmonares, pequenas estruturas em forma de saco, onde o oxigênio é absorvido e o gás carbônico eliminado. Nos pulmões, existem 30 milhões de alvéolos.

Agora, o cordão umbilical que nos unia ao corpo materno é cortado. Pela primeira vez, estamos por conta própria. Os órgãos do recém-nascido precisam se adaptar ao mundo externo. É uma tarefa desafiadora e cheia de riscos.

Nosso coração, do tamanho de uma noz, já pulsava há oito meses; mas agora enfrenta uma complicação. Ele tem dois orifícios abertos: um na aorta e outro em suas paredes internas.
Esses orifícios vêm da vida intra-uterina e serviam para desviar o sangue de nossos pulmões paralisados na direção dos vasos da placenta.

Mas, agora que os pulmões funcionam, os dois orifícios são fechados para sempre.
Com o coração batendo compassadamente, o sangue será bombeado por milhares

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