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Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil Edição: José RomildoCom abertura marcada para a noite de amanhã (22), a mostra Brasília em Cartaz – com 54 cartazes produzidos entre 1960 e os dias de hoje - promete levar os visitantes a uma viagem no tempo. As peças, selecionadas entre cinco mil cartazes do acerto do Arquivo Público do Distrito Federal, relembram festivais de teatro, cinema e concertos de música relevantes na capital do país.
O cartaz do espetáculo Os Saltimbancos do diretor Hugo Rodas é destaque. A peça é considerada, entre os artistas da cidade, como uma das que introduziram a produção teatral brasiliense. “Neste cartaz, o Cosme [artista que produziu a peça] pegou um desenho simples, de uma criança e combinou fontes de letras. O cartaz foi feito em 1977”, explicou o artista plástico e professor de desenho industrial na Universidade de Brasília (UnB), Nanche Las-Casas, que idealizou a exposição.
Las-Casas lembrou que as produções na época (1960) não usavam policromia e os artistas não tinham a formação de hoje. “O curso de desenho industrial em Brasília só foi criado anos depois”, contou. Na pequena sala do Museu Nacional, onde foi montada a mostra, é possível conferir a evolução das tendências gráficas usadas para produzir as peças.
Para Nanches Las-Casas as novas tecnologias não eliminaramo o cartaaz, elaborado com técnicas tradicionais. “O cartaz ainda persiste de forma vigorosa no mundo inteiro: em todos os centros urbanos você vê uma produção de cartaz interessante. Se antes o cartaz era um veículo de massa, hoje, ele é um veículo de nichos. Trabalha em determinadas localidades para determinados públicos”, explicou.
A produção dos anos 80 do século passado ocupa a maior parte da exposição. Já a partir de 1990 a exposição de peças é menos contemplada. Segundo Las-Casas, muitos cartazes do acervo da cidade são importantes e poderiam complementar a história mostrada na exposição, mas ficaram de fora da seleção. O espaço destinado à