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1. Tinga: "Eu perdoo. Mas e quem sofre racismo todos os dias?"
Torcedores peruanos imitam macaco quando Tinga pega na bola.
Do UOL, em São Paulo 17/02/201411h31
Vítima de racismo na partida entre Cruzeiro e Real Garcilaso pela Libertadores, o meia Tinga não guarda rancor da torcida peruana. O jogador disse perdoar os torcedores, mas lembra que seu caso é só mais um entre muitos que acontecem todos os dias.
Convidado do programa Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo, Tinga disse ter ficado surpreso com a reação de apoio das pessoas e chamou a atenção para outros tipos de preconceito, não só o racial.
"Muitas pessoas me perguntam se eu vou perdoar, eu perdoo, mas tem que pensar que tem gente que passa por isso todos os dias quando vai trabalhar", declarou o meia.
Segundo Tinga, jogadores de futebol já estão acostumados a reações como a da torcida peruana durante os jogos, já que um dia são amados e no outro odiados pelos torcedores. "A gente está acostumado um pouco com essa situação no dia a dia. O que mais preocupa é a nossa família que está assistindo na televisão".
No último domingo, o jogador disse ao Esporte Espetacular que seus filhos Davis, de 11 anos, e Dani, de seis, ficaram chateados com o episódio e que o mais novo nem quis ir à escola. Mas aproveitou e usou o caso para educar os filhos contra o preconceito.
"Falei pra ele (Dani) ir no colégio porque as crianças gostam dele. E pra quando ele ver qualquer questão de preconceito, seja sexual ou racial, que lembre do pai porque será importante para o seu crescimento."
Tinga recebeu muito apoio de torcedores e fãs após ser vítima de racismo no jogo do último dia 12 de fevereiro e, para ele, tamanha comoção ocorreu pela identificação das pessoas com o caso.
"Acredito que foi uma maneira de todo mundo manifestar aqui que já passou. Todo mundo já passou, mesmo que não seja pela raça, mas já passou pelo modo de viver, pela opção sexual...".
2. A “chineirização”da