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A Questão da Autoria no Cinema de Jorge Furtado
Cesar Felipe Pereira Carneiro
Resumo
O presente trabalho é a análise inicial de uma pesquisa que visa discutir a produção cinematográfica do realizador gaúcho Jorge Furtado para, em um segundo momento, constatar se lhe pode ser atribuído o estatuto de “autor” de cinema. Sócio-fundador da Casa de Cinema de Porto Alegre, importante polo de produção do cinema brasileiro, Furtado é reconhecido pela criatividade e estilo com que articula seus trabalhos. Ainda que se centre sobre o gênero ficcional, o documentário e diversas intervenções em animação se fazem presentes em seus filmes. São curtas e longas metragens realizados inicialmente no sistema de cooperativa, ganhadores de vários festivais nacionais e internacionais, sucessos de público e crítica.
Palavras-chave: Cinema brasileiro; Autor de cinema; Jorge Furtado.
Recorte
Na página IMDb – The internet Movie Database – de Jorge Furtado, constam 26 obras sob a rubrica “direção”1, sendo 10 curtas-metragens, 4 longas-metragens e 1 segmento/ episódio de longa-metragem. As 11 produções excedentes se referem aos trabalhos cuja primeira exibição foi voltada à televisão – séries, mini-séries, documentários e programas especiais –, excluídos da presente análise. Exclui-se também a produção em vídeo. Excluemse, ainda, todas as obras onde o crédito ao diretor se dá apenas ao roteiro, bem como a outros departamentos. Portanto, no presente trabalho, afinado à conceituação proposta pela Politique des Auteurs, parte-se da ideia de que o diretor do filme é o seu autor.
Filmografia de Jorge Furtado (direção de cinema)
Temporal, 1984, curta, ficção; O Dia em que Dorival Encarou a Guarda, 1986, curta, ficção; Barbosa, 1988, curta, ficção; Ilha das Flores, 1989, curta, documentário; Esta não é
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Acesso no dia 07/09/2013.

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a sua Vida, 1991, curta, documentário; A Matadeira, 1992, curta, ficção; Veja Bem, 1994, curta, ficção; Estrada, 1995, segmento de “Felicidade é”, episódio de longa,